Certificações de café: Saiba o que são e conheça as categorias
Certificados são dados para atestar algo, como qualidade, diversidade ou até mesmo sustentabilidade. No ramo cafeeiro isso não é diferente, por isso existem diversos certificados nas embalagens dos cafés. Mas na prática, o que os certificados de café significam e qual a sua relevância?
De forma geral, elas ajudam a diferenciar os produtos uns dos outros. Além disso, são ótimas formas de guiar o consumidor na hora de escolher o que ele deve comprar, podendo optar por algo mais gourmet ou sustentável de acordo com suas preferências. Para a empresa, é uma forma de se sentir motivada a manter o padrão sempre elevado.
No entanto, é comum que haja confusão na mente do público porque existem diversas certificações disponíveis e muitas vezes elas não são autoexplicativas. Por isso, reunimos aqui as principais delas para que você conheça ainda mais o ramo cafeeiro e seus detalhes. Confira!
O que são as certificações de café?
Os selos são dados como uma forma de atestar que aquele produto é destaque em algum segmento. Existem alguns que são dados para empresas com forte ligação com sustentabilidade, por exemplo, e é algo importante para garantir aquele fato e dar mais segurança ao consumidor.
As certificações são dadas após uma longa análise de múltiplos níveis, afinal, é essencial que a verdade mais pura seja encontrada e repassada ao público. O café tem um grande índice de circulação e um selo inválido pode gerar muitos questionamentos sobre a rigorosidade da avaliação, por isso tudo é feito de forma altamente minuciosa.
As principais certificações de café
Atualmente, você pode encontrar diversos selos de certificações nas embalagens dos cafés. Entenda o que cada uma significa e saiba como consumir um café de acordo com o que você busca.
Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC)
Com grande respaldo profissional, cuja avaliação é feita por quem realmente entende do assunto, o certificado atesta a qualidade do produto final através de uma análise sensorial.
Por fim, o principal objetivo é classificar os cafés em quatro categorias, sendo elas:
Além disso, o selo possui também relação direta com a análise da pureza do produto, ou seja, se ele tem qualquer tipo de adulteração ou até mesmo mistura. Portanto, a certificação ABIC é dada de modo a atestar a qualidade do produto.
Dessa forma, há um impulsionamento do consumo de café com qualidade, induzindo a população a buscar pelo produto mais sofisticado e que pode proporcionar uma experiência sensorial mais agradável.
Vale destacar também o Selo de Pureza, concedido pela ABIC aos produtos comprovadamente puros, sem adulterações ou misturas e, portanto, constituídos integralmente de café. Assim, o selo garante a segurança alimentar e o respeito ao consumidor.
Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA)
A BSCA é conhecida por ser a única instituição brasileira a certificar lotes com monitoramento de selos de controle de qualidade de cafés especiais.
O produtor, a partir do momento em que se torna membro da associação, é capaz de garantir seu lote de café quanto à qualidade com o selo BSCA. Dessa forma, é possível conseguir um alto prestígio comercial e ganhar um diferencial competitivo com outros empreendimentos do setor cafeeiro.
É válido mencionar que a certificação foi criada em 1991 e desde então vem desenvolvendo e aprimorando os seus métodos de análise. Sua relevância é tão grande que tem até mesmo alcance internacional e seu olhar crítico, que se preocupa também com questões ambientais e socioeconômicas, reúne um grupo seleto e realmente capacitado.
Produto orgânico
De modo geral, a certificação é voltada para o segmento da sustentabilidade e atesta que todas as etapas de produção estão livres de qualquer uso de adubos químicos ou agrotóxicos.
Para ir além, a análise também busca encontrar vestígios de radiação ou produtos geneticamente modificados.
Ela é concedida por meio de auditorias de certificadoras credenciadas pelo Sistema Brasileiro de Avaliação da Conformidade Orgânica (SisOrg). Essas, por sua vez, oferecerão orientação aos produtores quanto às etapas de produção e comercialização tendo como base os padrões técnicos para a produção orgânica.
Para tornar a análise ainda mais rigorosa, a certificação só é feita após visitas periódicas de inspeção em duas instâncias, tanto na unidade de produção agrícola como nas unidades de processamento.
É uma forma de garantir ao consumidor que o produto vendido é realmente orgânico e passou por uma análise realmente minuciosa.
Rainforest Alliance e UTZ
A certificação é ampla e abrange não só as empresas de café, mas o ramo de fauna e flora no geral. Dessa forma, tem grande rigor em suas análises e qualifica apenas os empreendimentos que causam dano mínimo ao meio ambiente, bem como à saúde dos produtores e dos consumidores.
Ela surgiu em 1997 e tem como principal objetivo incentivar o bem estar do planeta como um todo tendo como base a agricultura sustentável, desde a origem da matéria-prima até a sua transformação em produto final.
Fair Trade
Por fim, não poderíamos deixar de citar o selo Fair Trade. Ele tem forte ligação com a justiça tanto para os produtores quanto para os consumidores de café e certifica produtos pautados no comércio justo e solidário.
A certificação tem como base a falta de conhecimento que atinge uma grande parte do público que compõe o setor cafeeiro, por isso seu objetivo é alcançar ao máximo o comércio justo e solidário para todos.
Para além da análise dos grãos ou da sustentabilidade do café, o Fair Trade tem mais foco comercial.